quarta-feira, 25 de agosto de 2010

PASSAVA O BONDE

Nesta rua, onde moro,

passava um bonde.

Está nas memórias da vovó.

Motorneiro era condutor

e tinha o cobrador.

De balaústre em balaústre,

carregava o troco entre os dedos,

cobrando os ilustres passageiros.

Vinha do Andaraí, ia pro Méier!

Tinha também os que iam para

o Tabuleiro da Baiana,

no Largo da Carioca.

Os reclames no interior, no alto,

diziam as virtudes do rhum creosotado!

Passava um bonde nesta rua,

Com ele chegava o meu avô

Para minha avó beijar.

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