Nesta rua, onde moro,
passava um bonde.
Está nas memórias da vovó.
Motorneiro era condutor
e tinha o cobrador.
De balaústre em balaústre,
carregava o troco entre os dedos,
cobrando os ilustres passageiros.
Vinha do Andaraí, ia pro Méier!
Tinha também os que iam para
o Tabuleiro da Baiana,
no Largo da Carioca.
Os reclames no interior, no alto,
diziam as virtudes do rhum creosotado!
Passava um bonde nesta rua,
Com ele chegava o meu avô
Para minha avó beijar.
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