segunda-feira, 9 de agosto de 2010

TANTOS E POUCOS

Todos os momentos

no ritmo do tique-taque.

Passam céleres,

Sem marcar presença.


A sopa está fria,

nem moscas a querem.

Aguardo, incomodado, você chegar.

Eu trouxe um presente,

comprado a crédito,

excedendo o limite

do meu mísero salário.


Por que essa indiferença ?

Já preparei a janta, limpei a casa

e tudo está pronto,

no seu gosto, no seu jeito.

Ó menino, passa pra dentro!

sua mãe está pra chegar!


Ah! Se eu tivesse

a bengala do Carlitos, juro ...

eu me mandava, montado na

cauda de um cometa.


Tantos e poucos, risos

e sorrisos, constroem

o passivo do ativo.


É melhor ir deitar,

amanhã concordarei com tudo.

Desse jeito, paro o tempo.

Tantos e poucos: são só momentos !

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